onlybooks53.blogspot.com.br

domingo, 10 de janeiro de 2021

O ESPLÊNDIDO E O VIL


 

O ESPLÊNDIDO E O VIL

(The Splendid and the Vile)

ERIK LARSON

Erik Larson é jornalista e escritor americano, de quem li três ótimos livros: O Diabo na Cidade Branca (2002), O Jardim das Feras (2011) e A Última Viagem do Lusitânia (2015).

O Esplêndido e o Vil (2020) acompanha o período de um ano da vida de Winston Churchill, de 1940 – 1941, quando a Alemanha invade a Holanda e a Bélgica, após já ter ocupado a Polônia e a Tchecoslováquia.

O autor se baseou em vasta bibliografia, cartas, diários, documentos, transcrições de interrogatórios, testemunhos de personagens que estiveram presentes nos momentos mais difíceis e que compartilhavam o ambiente familiar do Primeiro Ministro.

Após a rendição da França, todos sabiam que o próximo passo seria a invasão do Reino Unido e o fim do mundo civilizado que conhecemos hoje. A Europa provavelmente seria uma imensa e imbatível unidade nazista.  E os alemães estavam tecnologicamente muito avançados, e tudo indicava que a RAF não conseguiria deter a eficiente Luftwaffe.

“Desde o começo, Churchill entendeu uma verdade fundamental sobre a guerra: não iria ganhá-la sem a participação dos Estados Unidos. ”

É nessas horas que surge o Líder de uma nação. E Churchill passou a representar força e coragem, um símbolo vivo de resistência.

O leitor acompanhará o que acontece em Londres e Berlim, as estratégias e decisões dos dois lados da guerra, e o esforço de Churchill em obter ajuda dos Estados Unidos. O então presidente Franklin Roosevelt relutava em entrar nessa guerra, até que aconteceu o empurrão que faltava: o ataque a Pearl Harbor.

Bem, tudo isso é História e sobre o assunto existe farta bibliografia. Nesse livro, o foco central é a pessoa de Churchill, o ser humano, pai e marido, que jamais desistiu e incutiu fé e otimismo em seu país, que sabia da importância de ser um líder.

Mais um ótimo livro de Erik Larson.

“Não tenho nada a oferecer senão sangue, trabalho, lágrimas e suor”

sábado, 2 de janeiro de 2021

VERITY


 

VERITY

Colleen Hoover

 

“Ouço o barulho do crânio se quebrando antes mesmo de o sangue respingar em mim.”

O livro já começa com essa cena chocante. A narradora é Lowen, uma escritora que está a caminho de uma reunião com seu editor e presencia atropelamento de um homem. Ela estava muito perto da vítima quando o acidente aconteceu. Chocada, ela fica sem ação.

Nesse momento, um homem vem em seu auxílio. Ele ampara Lowen, tentando acalmá-la, levando-a até um café para que se limpe e troque a roupa ensanguentada.

O homem se apresenta – Jeremy, trabalha no mercado imobiliário.

Lowen agradece pela ajuda, os dois se despedem e ela vai para sua reunião.

Seu editor, e ex-namorado, apresenta Lowen à editora da famosa escritora Verity Crawford. Eles têm uma proposta tentadora: querem que Lowen termine de escrever os últimos 3 livros de uma série, porque Verity sofreu um grave acidente de carro e está incapacitada.

É claro que Lowen mal pode acreditar no que está acontecendo. A explicação é que a própria Verity considerava que as duas tinham estilos semelhantes. Ainda assim...

Olho para a mesa, confusa com o que acabou de acontecer. Não entendo por que estão me oferecendo tanto dinheiro por um trabalho que nem sei se consigo fazer. Meio milhão de dólares. E posso fazer sob pseudônimo, sem turnê de lançamento ou entrevistas? O que foi que eu disse para conseguir isso?”

E no meio de tudo isso, uma surpresa: Jeremy era o marido de Verity! Que coincidência incrível!

Lowen aceita a missão e vai para a casa da escritora, organizar os rascunhos e anotações que ela guardava em seu escritório. E no meio dos papéis, numa gaveta fechada a chave, Lowen encontra um diário. A partir desse ponto, muitos segredos serão revelados.

Gostei muito do livro, o texto flui com facilidade e traz uma trama de suspense e mistério. E tem aquele artifício de história dentro da história, aquela que você está lendo e aquela que é contada no diário de Verity.

E tem outra coisa que eu particularmente gosto muito: a reviravolta final que muda tudo.

Conclusão: muito bom.

O título da série é As Virtudes Nobres, e cada livro é uma virtude diferente. Os três  que cabem a mim são Coragem, Verdade e Honra.”

 

NOITES DE CRISTAL

NOITES DE CRISTAL

(KRYSTALNAETTER)

Dorte Hummelshoj Jakobsen

Berlim, 1938 – Simon e Sara Goldberg acordam seus filhos Miriam e Isaac. Pegam o essencial, algumas roupas, algum dinheiro e fogem enquanto há tempo. Essa noite foi marcada pela destruição de todas as propriedades de judeus na Alemanha e Áustria, sinagogas e lojas foram incendiadas, dando início ao Holocausto.

Suas casas foram invadidas, seus bens roubados e os que não conseguiam fugir eram presos e enviados aos campos de concentração.

A pequena família  Goldberg se esconde num porão com outras famílias, a comida acabando, o filho do casal doente, tomado por uma febre que não cedia.

Kalum, 1967 – numa pequena vila no norte da Dinamarca, um menino de 10 anos desaparece. Lars-Ole não foi à escola naquele dia. Sua mãe não fez queixa na polícia, os professores não notaram sua ausência.

Apenas seu amigo de brincadeiras, Niels Haugaard, percebeu que alguma coisa grave havia acontecido. Eles gostavam de brincar de agente secreto ou detetive e Lars-Ole costumava deixar pistas escondidas em lugares que só os dois meninos conheciam.

A polícia é comunicada do desaparecimento pela escola. A mãe alega que o menino estava passando uns dias com o pai em outra cidade. Mas o homem negou, pois há mais ou menos 3 meses não via o filho.

A polícia aponta alguns suspeitos, mas a investigação não leva a nada.

Seria um rapto? A mãe e o namorado estão escondendo alguma coisa? E o pai e a madrasta, qual o envolvimento dos dois no desaparecimento da criança?

Niels, apesar de ser ainda uma criança, acompanha cada passo dos detetives e logo percebe que eles não sabem de nada. E resolve ele mesmo investigar sozinho, baseado num diário de Lars-Ole.

A história parte de um bom tema. O ritmo é um pouco lento, mas tem o toque necessário de mistério e suspense. Os personagens estão sempre escondendo alguma coisa, ninguém é totalmente sincero, totalmente bonzinho nem totalmente malvado. O melhor personagem sem dúvida é Niels, que observa de longe e não teme se arriscar para tentar salvar o amigo. O problema é que geralmente os adultos não valorizam as observações das crianças.

Noites de Cristal é o primeiro romance da dinamarquesa Dorte Hummelshøj Jakobsen a ser traduzido para o português.

Paguei 9,90 pelo e-book, o que considerei baratinho, e acho que foi uma boa compra.

 

RESSURREIÇÃO


 

RESSURREIÇÃO

Liev Tolstói

Os protagonistas de Ressurreição são o nobre Nekhliúdov e a serva Katiucha. A menina vinha de uma família muito pobre e desagregada, abandonada e sem nenhuma perspectiva de vida. Duas tias solteiras de Nekhliúdov recolhem a garota, ensinam a ler e a falar três idiomas, e ela passa a servir como empregada na casa.

Katiucha foi crescendo e transformou-se numa moça atraente, chamando a atenção do jovem Nekhliúdov. Aos 19 anos, e ela com 16, os dois se apaixonam, ou melhor, ela se apaixona. O rapaz sentia um desejo físico pela garota e, depois de alguns encontros, ele consegue alcançar seu objetivo: uma relação que resultou numa gravidez.

“...o sentido da mulher, de todas as mulheres, exceto as da sua família e as esposas dos amigos, estava bem determinado: a mulher era um dos melhores instrumentos de prazer que ele já experimentara”

Ao saber que ela estava grávida, Nekhliúdov meteu a mão no bolso e lhe deu dinheiro para “resolver” o problema.

“Agora, era um egoísta depravado, requintado, que só amava o seu prazer”

Katiucha ficou arrasada, embora não esperasse que o relacionamento entre eles tivesse algum futuro, pois eram de classes sociais extremamente diferentes. Mas ela decide ter a criança, e planeja um jeito de ir embora daquela casa porque sabia que as tias do rapaz não poderiam aprovar aquela gravidez. Para elas, era uma situação ultrajante.

O tempo passa. Nekhliúdov entra para o exército russo, participa da guerra e vai levando sua boa vida de rapaz rico, sem nada com que se preocupar. Seus falecidos pais deixaram propriedades e terra suficiente para que ele jamais passasse qualquer necessidade.

Mas o caminho não foi tão suave para Katiucha. Sua filhinha não sobreviveu aos primeiros dias, ela nunca conseguia um trabalho decente, até que foi vista por uma mulher que vislumbrou um belo futuro para ela: a prostituição.

Passados 10 anos, Nekhliúdov é jurado num julgamento em que uma mulher era acusada de envenenar um homem, com participação de dois cúmplices.

Nekhliúdov mal pode acreditar no que via: a ré era sua amiga Katiucha. Ela negava o crime, alegando que a vítima era um cliente e que ela pensava que estava dando a ele um remédio para dormir.

Ele é tomado por enorme sentimento de culpa, pois tem certeza de que sua atitude irresponsável no passado, quando aquela jovem ingênua acreditou nele, foi o primeiro passo que empurrou Katiucha para a prostituição e tudo de ruim que aconteceu depois.

A partir daí ele começa a mudar seu modo de ser. Decide que deve fazer de tudo para ajudá-la aproveitando-se do bom relacionamento que tem com pessoas influentes, quem sabe até mesmo anular o julgamento.

O nome do livro dá uma ideia do enredo: Nekhliúdov passa por um processo de Ressurreição, de mudanças no modo de viver a vida.

O livro é muito bom, com vários personagens muito interessantes e muitos deles inspirados em pessoas que Tolstói conheceu. O protagonista tem alguns traços do autor e a jovem Katiucha foi baseada numa empregada da família por quem o autor se apaixonou.

O romance faz também uma crítica ao sistema judiciário e prisional, e analisa friamente os privilégios das classes dominantes, das relações de trabalho, da questão da propriedade e outros temas que ainda são atuais. O jovem Nekhliúdov descobre novas realidades totalmente diferentes daquela a que estava habituado. E isso o modifica para sempre.

Na Rússia, o romance começou a ser publicado em fascículos, em março de 1899, na revista Niva.

Tolstói abriu mão de seus direitos autorais em favor da comunidade dukhobóri, um grupo de cristãos que se recusava a jurar lealdade ao czar, negavam o direito à propriedade, não aceitavam a Igreja e a Bíblia como única fonte de revelação, recusavam-se a ter documentos e servir o exército.

Os dukhobóri foram perseguidos, e deportados por dois czares para regiões remotas da Rússia. Durante o reinado de Nicolau II, foram aceitos pelo governo do Canadá para onde migraram e sobrevivem até hoje.

“As pessoas são como rios: a água é a mesma para todos e é igual em toda parte, mas cada rio é ora estreito, ora rápido, ora largo, ora calmo, ora limpo, ora frio, ora turvo, ora morno. Assim também são as pessoas...”

 

 

 

 

domingo, 13 de dezembro de 2020

CARTADA FINAL


 

CARTADA FINAL

(The Guardians)

John Grisham

Na pequena Seabroook, na Flórida, um advogado é assassinado a tiros dentro de seu escritório. Keith Russo, 37 anos, praticava advocacia na cidade há onze anos, com sua sócia e esposa, Diana Russo.

A polícia não tinha suspeitos, até Diana citar um cliente que estava muito descontente com o serviço de Keith num processo de divórcio. Segundo Diana, esse homem havia ameaçado seu marido várias vezes.

As investigações concluíram que Quincy Miller era o assassino. Algumas testemunhas declararam tê-lo visto saindo do local com alguma coisa na mão (um rifle?) e sua ex-esposa reconheceu a lanterna respingada de sangue, encontrada no porta-malas do carro de Quincy.

Após o julgamento a sentença foi proferida: prisão perpétua.

Embora negasse ser o autor do crime, ninguém lhe deu atenção e o caso foi encerrado.

Após 22 anos, Quincy escreve uma carta para uma pequena instituição – Guardiões da Inocência – que se dedica a lutar contra condenações injustas e defende pessoas esquecidas pelo sistema.

Cullen Post era advogado, mas abandonou o Direito após um caso em que não conseguiu livrar seu cliente inocente da pena de morte. Na mesma época, seu casamento acabou e ele decidiu mudar de cidade e entrar na carreira religiosa. Alguns anos mais tarde, conheceu a fundadora da Guardiões e juntou-se a eles. Não era por dinheiro, pois a fundação vivia de doações e o orçamento era sempre apertado. O que motivava Cullen era a satisfação de fazer justiça e corrigir erros judiciais.

O caso de Quincy ficou aos cuidados de Cullen Post. Ele começa a fazer uma investigação por conta própria e descobre uma porção de erros cometidos na ocasião: provas que desapareciam, perito que não sabia fazer perícia, testemunhas compradas, juiz desinteressado, preconceito racial entre outros.

À medida que vai avançando, ele próprio se torna alvo de gente que não quer que Quincy Miller seja absolvido.

“Keith Russo foi assassinado por um motivo. Alguém que não foi Quincy Miller planejou o homicídio, conseguiu realiza-lo com precisão e em seguida fugiu. Depois disso, jogaram a culpa num homem, e diversos conspiradores estavam envolvidos. Pessoas inteligentes, quem quer que tenham sido. ”

A história narrada no livro é baseada em fatos reais, que envolve um preso do Texas chamado Joe Bryan. O enredo trata de assuntos relevantes em qualquer sistema judicial: prisão injusta, preconceitos, falhas de investigação, pena de morte etc. O começo é empolgante, até mais ou menos a metade do livro a trama prende a atenção, mas depois se torna monótona. Talvez porque não seja uma área que eu domine, achei muito cheio de detalhes que nada acrescentavam, e não via a hora de terminar logo o livro. Senti falta das surpresas e reviravoltas, tudo ficou muito entediante depois de esclarecidos os motivos e os autores do crime.

Muito diferente de outro livro do escritor que li há alguns anos e adorei: A Firma (1991), que da metade em diante se torna cada vez mais dinâmico.

Também não gostei da tradução do título. Afinal não encontrei nenhuma cartada final na história.

De qualquer maneira, deverá agradar o leitor que aprecia dramas de tribunal (eu também gosto).

 

 

sábado, 12 de dezembro de 2020

A CRIATURA


 

A CRIATURA

(The Only Child)

Andrew Pyper

“Ela foi acordada pelo monstro que batia à porta”.

Lily tinha seis anos quando sua mãe foi assassinada. As duas moravam sozinhas num chalé no Alasca, isoladas do mundo, vivendo do que conseguiam caçar e colher na floresta em volta.

Quando completou 30 anos, Lily passou as férias investigando por conta própria, lendo e relendo os documentos apresentados pelas autoridades. Montaram uma história para encerrar o caso: um animal havia invadido o chalé e destroçado sua mãe. Lily teria sobrevivido porque se escondeu no quarto.

Mas essa história tinha muitos vazios, muitas perguntas sem respostas.

Hoje, Lily é psiquiatra e sabe que as crianças inventam coisas, não por prazer, mas para sobreviver.

Ela trabalha no Centro Psiquiátrico Judicial Kirley. Sua função não é tratar seus clientes, mas avaliá-los.

Um criminoso que estava na lista de pacientes a examinar torna-se um enorme desafio. Ele havia atacado um desconhecido na rua, mutilando-o de maneira cruel, sem motivo aparente.

Quando questionado, sua resposta foi surpreendente.

“ - Então você fez isso porque queria ser tratado em uma instituição psiquiátrica para criminosos?

 - De jeito algum, doutora. Eu fiz isso porque queria ver você”.

A conversa continua e ele prova que sabe tudo sobre Lily e sua mãe.

Lily não se impressiona, afinal ele poderia ter pesquisado na internet. Mas o homem tinha alguma coisa diferente dos outros pacientes. E tudo indicava que o criminoso sofria de delírios de imortalidade consistente com esquizofrenia.

“Então escute isso. Não sou igual a ninguém que já tenha passado por este lugar. Sou um caso extraordinário”.

Nas entrevistas seguintes ele conta a história de sua vida. Ao mesmo tempo, a dra. Lily é atormentada por sonhos instigantes. E, quase uma outra personagem, a voz interior com quem ela dialoga com frequência e que muitas vezes revela o que ela tenta camuflar.

O livro conta uma história de terror psicológico e faz referências e homenagens a três grandes personagens das histórias de terror e fantasia: a Criatura do dr. Frankenstein, Hyde (O Médico e o Monstro) e Drácula.

É interessante que cada um deles poderia estar classificado em alguma patologia: a Criatura do dr. Frankenstein, um ser feito das partes mortas de outras pessoas, atormentado pela solidão. Hyde, um psicótico com duas personalidades. E Drácula, ansiedade sexual e luxúria insaciável.

E todas essas personalidades reunidas em uma só pessoa: aquele homem.

As coisas se complicam quando o criminoso consegue fugir da prisão.

No gênero fantasia, terror e suspense psicológico, o livro é muito bom. Tem algumas passagens que achei um pouco exageradas, mas nada que comprometa o conjunto.

Outros livros que li desse autor: O Demonologista e O Naturalista. Os dois também são ótimos.

Detalhe interessante é o título original, que faz referência a Lily, e a tradução brasileira, que faz referência à Criatura.

 

quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

O SAL DAS LÁGRIMAS


 

O SAL DAS LÁGRIMAS

(Salt to the Sea)

Ruta Sepetys

Publicado em 2016, O Sal das Lágrimas é um romance histórico que se passa durante a retirada de refugiados da Prussia, em 1945, durante a invasão do exército soviético.

Os personagens são fictícios, porém o que aconteceu com o navio MV Wilhelm Gustloff é real. Um desastre pouco comentado, mas com uma quantidade de vítimas maior do que no naufrágio do Titanic e do Lusitânia.

O navio foi atingido por três torpedos disparados pelo submarino soviético S-13, com um saldo de mortos em torno de 9.500 pessoas, civis e tripulantes.

A trama é muito boa, os capítulos são narrados por quatro personagens, cada um apresentando seu ponto de vista da situação.

“A culpa é uma caçadora”

Joana, uma enfermeira, que se considera culpada pela morte da família na Lituânia. Sua profissão será de extrema importância ao longo da história.

“O destino é um caçador”

Florian, jovem militar alemão, trabalha num museu catalogando obras de arte que supostamente estariam sendo salvas dos bombardeios. A decepção é enorme quando descobre que está sendo usado para roubar objetos de valor artístico e histórico. E planeja uma vingança.

“A vergonha é uma caçadora”

Emília, uma adolescente polonesa, sozinha no mundo, é salva por Florian quando era estuprada por um soldado alemão.

“O medo é um caçador”

Alfred, um jovem marinheiro, que escreve cartas para uma namorada que só existe na sua imaginação. Tem delírios de grandeza, mas não passa de um simples marujo. Ele trabalha no navio que levará os refugiados.

Nossos personagens narradores encontram-se na estrada a caminho do porto onde serão embarcados. Cada um traz seus segredos e seus dramas. Conforme a história se desenvolve, criam laços de amizade e solidariedade, fundamental para a sobrevivência em tempos de guerra.

A escritora consegue nos envolver, a gente sente que alguma coisa terrível está para acontecer e que nem todos chegarão ao seu destino.

Para quem gosta de romance histórico e temas ligados à Segunda Guerra esse é o livro, difícil de largar: li em dois dias.

 

O ESPLÊNDIDO E O VIL

  O ESPLÊNDIDO E O VIL (The Splendid and the Vile) ERIK LARSON Erik Larson é jornalista e escritor americano, de quem li três ótimos l...